A confusão do “termês”
Um dos grandes males hoje quando falamos de tudo o que gira em torno de novas tecnologias é o uso do que eu gosto de chamar de “termês”. Junto com o uso do inglês extremamente desnecessário, o “termês” atinge 9 de cada 10 especialistas.
A pessoa começa a falar um monte de coisa aparentemente muito importante e que faz muito sentido, já que se mostra muito convicta. De vez em quando, algumas outras pessoas no auditório acenam positivamente com a cabeça como se aquilo tudo fosse fundamental e óbvio.
O problema é que muita gente (muita gente mesmo) não faz ideia da metade do que está sendo dito.
No caso do blockchain, ainda temos uma questão mais perversa: o afastamento de quem realmente deve pensar e decidir os rumos de uma mudança de mercado ou de um novo produto. A maioria dessas pessoas não está afeita ao “termês”.
O que realmente importa: interoperabilidade
Pensando nisso, acho importante trazer informação de uma maneira que o máximo de pessoas entenda. Nesse artigo, gostaria de falar sobre um termo que tem afligido todo mundo envolvido de alguma maneira em projetos de tokenização, blockchain enterprise, Web3, enfim, essa turma toda: interoperabilidade.
De forma objetiva, interoperabilidade é a capacidade de integração transparente entre diferentes fontes de informação ou transações em uma ou mais redes blockchain.
Exemplo prático: as stablecoins
Vamos a um exemplo concreto e super falado por aqui, as stablecoins.
Hoje, stablecoins (representações tokenizadas 1:1 de ativos financeiros reais) como por exemplo, USDC e USDT circulam em múltiplas blockchains: Ethereum, Tron, Solana, Polygon, entre outras. Cada rede pode ter sua própria “versão” do mesmo ativo.
Agora imagine um fluxo simples:
Aqui, já temos três mundos diferentes tentando conversar: Ethereum, Tron e o sistema bancário.
Para complicar, a mesma stablecoin existe em várias redes, mas a liquidez fica fragmentada. O que vale em Ethereum não transita automaticamente para Tron. A solução mais comum são as bridges — ou “pontes”, mecanismos de transferência de ativos entre blockchains —, mas que infelizmente já provaram ser frágeis. Diversos ataques a bridges custaram centenas de milhões de dólares de perdas ao mercado.
Ou seja, sem interoperabilidade confiável, um dos instrumentos hoje mais promissores do ecossistema financeiro digital se perde em complexidade, riscos e ineficiência.
Os desafios
Acho que a complexidade aqui já está mais do que óbvia como um grande desafio, certo? Mas vale destacar alguns outros pontos:
Boas práticas recomendadas
Algumas boas práticas podem ajudar a diminuir riscos e aumentar a eficiência da interoperabilidade:
Onde a Kaleido contribui
Na Kaleido, endereçamos esses pontos de forma prática:
Nosso time de especialistas existe para ajudar clientes a transformar interoperabilidade em realidade, acelerando o go-to-market de soluções Web3 de forma profissional e segura.
Interoperabilidade não é apenas mais um “termo bonito” no vocabulário de blockchain. É a chave para transformar iniciativas isoladas em soluções reais de mercado. Sem ela, os projetos ficam presos em silos tecnológicos. Com ela, é possível escalar, integrar o legado da melhor maneira e gerar valor de verdade.
Nossa missão na Kaleido é justamente essa: tornar a criação de ativos digitais radicalmente simples, para que empresas possam focar no que realmente importa — inovar e competir em um mercado em rápida transformação.
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