Orquestração Web3: A Chave Para Integrar Empresas, Redes e Ativos Digitais

Orquestração: precisamos falar sobre ela também...

Continuando na missão de ajudar o público a entender os conceitos que envolvem o universo de projetos Web3, trago hoje um exemplo de conceito que vai se consolidar em breve a partir do momento em que as empresas começarem a se interligar em diferentes redes, com casos de uso diferentes, precisando integrar sistemas atuais com o fantástico mundo da tokenização e do blockchain. Hoje vamos falar de orquestração.

Quando falamos de soluções Web3, o modelo das aplicações é distribuído e afeta a vários tipos de usuários e processos. Se hoje, os sistemas de nossas empresas atendem apenas suas próprias necessidades, no mundo Web3, temos a possibilidade de conectar processos e transações de ativos a outros parceiros de negócio, reguladores, governo, enfim, outros participantes das redes em que os ativos transacionem.

Portanto, para executar essas soluções maravilhosas que nos prometem melhorias fantásticas temos de aumentar a complexidade das conexões e ainda criar maneiras de integrar pontos críticos nesse tipo de sistema, como gestão de identidade, trânsito de dados sensíveis, auditabilidade atendendo ainda as necessidades regulatórias relativas ao ativo que está sendo transacionado.

Para fazer tudo isso funcionar, usamos a orquestração. Orquestrar é coordenar as etapas de um processo que passa por várias redes e sistemas, garantindo confirmação, alternativas em caso de falhas e registro auditável da transação do ativo, permitindo que o processo sempre termine bem, seja com uma transação realizada ou com uma “não transação” previamente mapeada e endereçada.

Isso quer dizer que a lógica de transação registrada no contrato inteligente (ou nos contratos...) será mapeada, conferida, repetida em caso de falha e registrada na blockchain para a prestação de contas. Tudo isso de maneira coordenada e automatizada. É um imenso avanço para quem tem de administrar diferentes redes, produtos e integrações, tudo ao mesmo tempo.

A orquestração portanto, entrega previsibilidade operacional, com mais liquidações sem intervenção e menos reconciliações; entrega velocidade ao mercado, pois padroniza as integrações, abstraindo diferenças técnicas entre as diferentes redes; melhora a conformidade, estabelecendo uma trilha de auditoria ponta a ponta, governança de acesso e privacidade e por último, mas não menos importante, aumenta a eficiência econômica, uma vez que as rotas entre as diferentes cadeias podem ser escolhidas, utilizando-se critérios de segurança, latência de conexão e custos pré-determinados conforme cada produto e risco.

Pensando em um caso prático, um título tokenizado (ex: dívida, renda fixa, cotas, etc.) vai ser comercializado e pode utilizar stablecoins para o seu pagamento. Nesse caso, a orquestração pode reduzir muito o risco de liquidação, acelerar prazos e simplificar bastante as conciliações.

E como ela faz isso? 

• Fazendo checagens prévias automáticas como análise de limites, KYC/AML e verificação de saldos em sistemas internos (sem exposição de dados sensíveis; 
• Reservando os ativos de maneira coordenada, bloqueando o título tokenizado e a stablecoin em etapas paralelas com critérios definidos em contrato;
• Automatizando a liquidação DvP (delivery versus payment), com o disparo da troca apenas quando ambos os lados (comprador e vendedor) estão prontos;
• Finalizando as transações, com a confirmação por rede do avanço da transação de acordo com a política de negócio;

Tornando tarefas de backoffice instantâneas como atualização de registros internos, envio de eventos para os sistemas de ERP/Tesouraria/Compliance dos envolvidos e guardando evidências para auditoria.

Essas operações se traduzem em KPIs reais de negócio que podem ser medidos como por exemplo: tempo de ciclo médio das transações liquidadas, taxas de exceções e tempo de resolução, informações de auditoria por operação e análise de custo por transação. São essas e outras medições permitidas pelo processo de orquestração que fecham o caso financeiro para o investimento em soluções inovadoras e que trazem rapidamente o retorno ao negócio.

Mas afinal de contas, como a Kaleido pode ajudar na implementação da orquestração, esse conjunto de processos tão importantes para destravar o valor das novas soluções/sistemas web3 com todas as suas complexidades e integrações? 

Através de nosso Web3 Middleware, consolidamos os processos de orquestração, coordenando transações em múltiplas cadeias, gerenciando o ciclo de vida das transações, gerando interfaces API de contratos inteligentes e acelerando o Go To Market dos produtos.

Com nossa plataforma, viabilizamos transações de operações reais e produtivas, integrando privacidade seletiva, permitindo controle de usuários nos padrões de indústria, integrando soluções de custódia de mercado e criando portas seguras com os sistemas corporativos existentes.

Usando nosso time de engenheiros especializados, podemos ajudar na definição de quais são os KPIs primordiais para o desenvolvimento da solução, quais as integrações necessárias e desenvolver junto aos clientes as interfaces necessárias que permitirão os acessos apropriados para o fluxo do ativo.

Utilizando a plataforma Kaleido, nossos clientes conseguem acelerar suas implementações de projetos Web3 de maneira estável, segura e facilitada desde o dia 1 de projeto.

E não se esqueça: Nossa missão na Kaleido é justamente essa: tornar a criação de ativos digitais radicalmente simples, para que empresas possam focar no que realmente importa — inovar e competir em um mercado em rápida transformação.

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